A homenagem do Globoplay e a importância do cinema brasileiro na cultura nacional

Por: Ingrid Ferraz e Luiza Reis

 Mulher com os braços levantados

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

(GIF: Giphy | Reprodução)

Quem aí tem o serviço de streaming da Globoplay? Para o pessoal que se interessa por cinema brasileiro, a plataforma disponibilizou, no dia 7 de junho de 2021, 50 filmes no catálogo para os assinantes poderem apreciar os títulos brasileiros mais amados. O projeto chamado “50 essências do cinema brasileiro”, contém filmes que vão desde 1950, como “Rio, 40 graus”, até os sucessos mais atuais, sendo um deles “Bacurau”.

Dividido por categorias na parte de “7 décadas em 50 filmes” que são: “Os Precursores”, “Cinema Novo”, “Os Censurados”, “Os Inspirados em histórias reais”, “As histórias reais”, “Os premiados”, “Os inspirados na literatura”, “A retomada”, “Os campeões de bilheteria’ e “Os recentes”. Algumas obras listadas para a homenagem foram, “Minha mãe é uma peça 3”, “Central do Brasil”, “Ilha das Flores”, “Vidas Secas”, “Cidade de Deus”, “O auto da compadecida”, “Tropa de Elite 1 e 2”, “Que horas ela volta?”, entre vários outros títulos famosos. Vai dizer que nunca assistiu nenhum desses alguma vez?

Em uma entrevista exclusiva concedida às alunas da Estácio, sobre a situação atual do cinema brasileiro, Maria Clara Senra, jornalista, repórter e editora do Canal Brasil, afirmou: “Nosso cinema, a cultura de maneira geral e o audiovisual vivem um momento muito delicado. […] temos essa questão grave com a pandemia que fez também muitos profissionais pararem de trabalhar por bastante tempo e isso gerou uma super crise. Mas temos, especialmente, a questão desse governo que é completamente desinteressado nas questões culturais, pois não valoriza esse cinema.”

O cinema nacional retrata a cultura dos brasileiros, fazendo com que o público se identifique com os personagens e histórias contadas. Introduzir produções brasileiras no cotidiano dos estudantes é algo importante, pois pode ser usado como ferramenta de aprendizagem. Segundo a Lei 13.006/14, fica estabelecido que parte do componente curricular do projeto da escola, separe, no mínimo, duas horas mensais para serem exibidos filmes nacionais.

“A Agência Nacional do Cinema (ANCINE) está parada e o Rio de Janeiro também ficou muitos anos sem editais, mas agora a prefeitura está retomando. Mas acredito que o cinema brasileiro vai resistir,está resistindo na contramão dessa tentativa do governo de destruir o cinema nacional. Os nossos filmes continuam chamando atenção nos grandes festivais, dentro e fora do país” relatou a jornalista.

#Indica aí:

Para quem curte obras de época, o filme Olga (2004) é uma boa opção. O longa se passa no período da Era Vargas, e narra a história da jovem revolucionária alemã Olga Benário (Camila Morgado) e o líder comunista brasileiro Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler). Olga foi designada para proteger e acompanhar Prestes, exilado na Europa, de volta ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935. A missão era que durante a viagem de retorno os dois deveriam fingir ser um casal em lua de mel, mas se apaixonaram.

Outro título curtinho, de apenas 85 minutos, para dar altas gargalhadas e sair com uma reflexão de um assunto bem atual para o povo brasileiro, é a obra cinematográfica “Não vamos pagar nada” (2020). Estrelado por Samantha Schmütz, o filme conta a história de Antônia, uma mulher desempregada que começa uma revolução por conta dos preços abusivos dos alimentos no mercado e, assim, todos levam produtos sem pagar. Para resolver toda essa confusão e ainda esconder o crime da polícia (Fernando Caruso e Flávio Bauraqui) e do marido (Edmilson Filho) , ela apronta junto com sua amiga, interpretada pela atriz Flávia Reis.

“É difícil recomendar um filme, mas adoro o “Rasga Coração” do diretor Jorge Furtado e também um outro que amo e me veio logo à cabeça que é “As Duas Irenes” do diretor Fábio Meira.” indicou a editora do Canal Brasil.

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